Club de Regatas Vasco da Gama completa 112 anos

21 de agosto de 2010, o Club de Regatas Vasco da Gama completa 112 anos de existência. Durante toda a sua história de conquistas, o Gigante da Colina se tornou um dos maiores clubes do mundo. Marcado sempre pelo pioneirismo, foi um dos que mais lutou pela presença de negros e pobres no futebol.
O Vasco foi o primeiro clube a conquistar o Campeonato Sul-Americano, vencendo de forma invicta em 1948, o único time brasileiro a conquistar a Taça Libertadores da América no seu centenário, em 1998, e deu origem a uma das viradas mais marcantes da história do futebol, na conquista da Copa Mercosul em 2000. Isso sem contar a famosa fábrica de artilheiros em São Januário com Roberto Dinamite, Romário e Edmundo.
Na comemoração do aniversário do clube, o presidente Roberto Dinamite comentou o atual momento e os objetivos para os próximos anos do Vasco da Gama.
- Nas comemorações desses 112 anos, quero reafirmar o compromisso dessa gestão, da qual me orgulho em fazer parte, de devolver a torcida vascaína não só o melhor clube de futebol do país, mas também um Vasco que seja referência no trato com as causas sociais. O esporte é uma poderosa ferramenta de transformação e inclusão e nós estamos trabalhando para fazer desse projeto uma realidade – disse o presidente com exclusividade ao site oficial.
Parabéns Vasco, pelos seus 112 anos!

Fonte: Site Oficial do Club de Regatas Vasco da Gama

GOLEIRO BARBOSA HOMENAGEADO NO CENTRO DE MEMÓRIA DO VASCO ( Blog Torcedores do Vascão)


Moacir Barbosa, ou simplesmente, Barbosa, terá a sua merecida homenagem no Centro de Memória do Vasco. Ele foi o melhor goleiro da história do futebol brasileiro nas décadas de 40 e 50.

O presidente Roberto Dinamite gostou da ideia do diretor João Ernesto e aprovou de imediato a iniciativa: "Tudo que fizermos para lembrar a memória do Barbosa será pouco pelo que ele fez pela história do Vasco e do futebol brasileiro."

Moacir Barbosa ganhou seis títulos de campeão carioca no Vasco, sendo o primeiro em 1945, ano em que também foi campeão sul-americano; depois vieram as conquistas de 1947, 1949, e o primeiro título de campeão carioca no Maracanã em 1950, e o de 1952 foi o inédito de supersupercampeão (Alguém sabe se está correto? No site do SuperVasco, estava assim) de 1958 em triangular com Botafogo e Flamengo.

O diretor João Ernesto também fez questão de lembrar do primeiro grande título internacional cruzmaltino em 1948: "Foi o torneio sul-americano que reuniu no Chile os principais times do continente e o Vasco, tendo no Barbosa e no Ademir alguns de seus destaques, foi o campeão com todos os méritos."

João Ernesto, que é diretor do Centro de Memória do Vasco, vai organizar a exposição em homenagem a Moacir Barbosa. A filha adotiva do ex-goleiro, Teresa Borba, vai doar todo o material ao clube.

Fonte: Blog Torcedores do Vascão

Vascão conquista Copa da Hora

*Foto: Fred Huber/GLOBOESPORTE.COM

O Vasco venceu a Copa da Hora, torneio amistoso realizado em Florianópolis. O Gigante da Colina terminou a competição com 6 pontos, mesma pontuação do Avaí. No saldo de gols, as duas equipes também ficaram empatadas, mas no confronto direto os cruzmaltinos levaram vantagem.


Os vascaínos venceram o Avaí na estreia da competição por 3 a 1. Na segunda rodada, o Vasco perdeu para o Grêmio por 3 a 0. Nesta segunda-feira (05/07), o Gigante da Colina derrotou o Coritiba por 3 a 2 e teve que esperar o resultado de Avaí e Grêmio (vitória do Avaí por 3 a 2) para comemorar o título.

Fonte: Site Oficial Club de Regatas Vasco da Gama

Historiadora explica significado das cores e símbolos de clubes

As cores do arco-íris são sete. Mas e a paixão pelo futebol, de que cor seria? Preta e branca? Verde, branca e grená? Vermelha e preta? Iluminada por uma estrela ou abençoada por uma cruz? Será que é vermelha? Cor de rosa? Com essas e outras perguntas na cabeça, a designer Eliane Corrêa da Rocha mergulhou, em seu mestrado em design pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio, na análise da história das cores e símbolos adotados pelos clubes de futebol, em especial os do Rio.

Como resultado da pesquisa de dois anos, orientada por Alberto Cipimiuk, com pós-doutorado em História da Arte na França, Eliane elaborou a dissertação de mestrado "O Aspecto Social da Iconografia do Futebol - Estudo de casos das agremiações desportivas cariocas", que quer agora transformar em livro. Na conclusão, ela detecta uma dimensão religiosa ou sagrada nos símbolos dos clubes e considera que o futebol carioca é o mais colorido, listrado e carnavalesco do país.
Para chegar a tais conclusões, a pesquisadora e seu orientador (Cipimiuk) começaram a estudar sobre a utilização de listras e faixas em bandeiras de países e uniformes militares. Até o século 18 as listras não eram tão apreciadas, mas com as Revoluçoes Americana (1776) e Francesa (1789), elas entraram na moda, já que a bandeira americana é listrada, e a da França, tricolor.

- No fim do século 19, quando começa na Europa a idéia de saúde e de cuidados com o corpo, as listas eram usadas em trajes de marinheiro e de praia. No caso do remo e do futebol, os trajes eram listrados. Como no Rio o futebol está ligado ao remo (Botafogo, Flamengo e Vasco começaram nas regatas), os uniformes de futebol também têm listras - explica a pesquisadora. - Hoje, as listras expressam dinamismo, são visíveis de longe, têm a ver com o espetáculo.

Ao falar do colorido dos times cariocas, Eliane detecta em cada camisa, bandeira e escudo uma espécie de mensagem. No caso do campeão estadual, o Botafogo, o símbolo mais forte é a estrela, herdada do Clube de Regatas Botafogo, fundado em 1894 e que, em 1942, se juntou ao Botafogo Futebol Clube, de 1904, para dar origem ao clube atual.

- Os remadores que fundaram o clube escolheram como símbolo a estrela que viam no céu, a Estrela Dalva, o planeta Vênus. Depois, houve a fusão do clube de remo com o de futebol, de camisa listrada. Além disso, na época da fundação, a estrela estava na moda. É um símbolo associado ao mar e à República. No caso da religião católica, a estrela é um símbolo da Virgem Maria - analisa ela. - A estrela solitária que brilha tem a ver com a fama de sofrimento do Botafogo, e o alvinegro é supersticioso. O clube não é preto nem branco. É preto e branco. O branco representa a pureza, e o preto, austeridade.

No Flamengo, as cores, quando da fundação, eram azul e ouro:

- Poucos sabem disso. Dizem que as cores desbotavam, e por isso, o clube mudou para o preto e o vermelho. Outra teste é a de que, com as cores antigas, o remo vinha perdendo, e o azul e amarelo foram considerados de mau agouro. O vermelho e o preto expressavam raça e fibra.

Ao analisar as cores do Fluminense, Eliana observa:

- Incialmente, era branco e cinza, mas um de seus fundadores (Oscar Cox) foi à Europa comprar novas camisas. Lá, ele adquiriu o jogo de camisas tricolor. As cores expressam o elitismo e a sofisticação de um clube que tinha dinheiro para comprar seus uniformes na Europa. O clube era bem representado por Marcos Carneiro de Mendonça, um goleiro impecável, que se vestia de branco.

Eliane chama a atenção para o fato de que no uniforme do Vasco, o símbolo mais forte é a Cruz de Cristo, também chamada de Cruz de Malta, também presente no escudo da seleção brasileira. As cores preta e branca, básicas na maioria dos clubes no fim do século 19, têm uma interpretação especial para os vascaínos.

- O Vasco tinha a ideia de ser um clube mais democrático, usando o preto, o branco e o vermelho na cruz. São cores que se encaixam na ideia de uma comunhão de etnias (já que o clube lutou contra preconceitos raciais e sociais nos anos 20). É muito forte o aspecto religioso da cruz, porque a Ordem Militar de Cristo era a mesmo tempo religiosa e guerreira - explica.

- A cruz é usada também em clubes europeus, e de forma geral, todos os clubes atribuem a si uma dimensão religiosa. Os jogadores rezam, agradecem a Deus. As camisas são sagradas. Não se pisa nem se rasga uma camisa. Ao mesmo tempo, não se vê tanto fervor religioso noutros esportes.

Eliane chama a atenção para o fato de que no uniforme do Vasco, o símbolo mais forte é a Cruz de Cristo, também chamada de Cruz de Malta, também presente no escudo da seleção brasileira. As cores preta e branca, básicas na maioria dos clubes no fim do século 19, têm uma interpretação especial para os vascaínos.

- O Vasco tinha a ideia de ser um clube mais democrático, usando o preto, o branco e o vermelho na cruz. São cores que se encaixam na ideia de uma comunhão de etnias (já que o clube lutou contra preconceitos raciais e sociais nos anos 20). É muito forte o aspecto religioso da cruz, porque a Ordem Militar de Cristo era a mesmo tempo religiosa e guerreira - explica.

- A cruz é usada também em clubes europeus, e de forma geral, todos os clubes atribuem a si uma dimensão religiosa. Os jogadores rezam, agradecem a Deus. As camisas são sagradas. Não se pisa nem se rasga uma camisa. Ao mesmo tempo, não se vê tanto fervor religioso noutros esportes.

Eliane pesquisou também clubes como o América e o São Cristóvão. No caso do América, a agremiação havia começado preta e branca, para mais tarde adotar o vermelho.

- Já o São Cristóvão tem um friso rosa ao redor do escudo preto e branco, por causa de Santa Teresinha. Vale lembrar que todo time tem um padroeito, e é difícil encontrar um time com uniforme rosa, exceto o Palermo, da Itália, por devoção a uma santa local - finalizou Eliane, cuja tese foi debatida no recente I Simpósio de Estudos sobre Futebol, em São Paulo.

Fonte: http://www.supervasco.com/

Há 70 anos, Vargas anunciava em São Januário a criação do salário mínimo

Criado por Getúlio Vargas para garantir o mínimo que um trabalhador deveria receber para atender às suas necessidades básicas, o salário mínimo completa hoje 70 anos. Como exigia a lei, seria a garantia de subsistência, com alguma sobra, de uma família de quatro pessoas.
"Por ocasião da grande concentração operária no estádio Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, e sob os aplausos de mais de 40 mil trabalhadores, o presidente Getúlio Vargas assinou o decreto que institui o salário mínimo em todo o país", noticiou o Estado.
Apesar de o decreto-lei 2.162 ter sido assinado no dia 1.º de maio de 1940, o salário mínimo só entrou em vigor dois meses depois, beneficiando 60% dos trabalhadores. Quatro anos de estudos indicaram a necessidade de uma remuneração mínima para cobrir as despesas mensais com alimentação (55%), habitação (20%), vestuário (8%), higiene (10%) e transporte (7%), tomando-se por base uma família composta por dois adultos e duas crianças.
Com o País dividido em regiões e sub-regiões, o mínimo entrou em vigor com valores que variavam de 90 mil réis, para localidades do interior do Nordeste, a 240 mil réis nas grandes cidades. Na época foram definidos 14 diferentes remunerações.
Uma página inteira da edição do dia 3 de maio de 1940 foi dedicada às notícias das festas de comemoração ao Dia do Trabalho em todo o Brasil.
Festejos. Além de tabela com os valores dos salários mínimos, o Estado também trazia foto das comemorações do dia do trabalhador em São Paulo, realizada na Praça da Sé.
Representantes e membros de "sindicatos operários", como eram chamados na época, fizeram discursos em comemoração e acompanharam, por meio de alto-falantes, o discurso do presidente Getúlio Vargas, no Rio, anunciando a criação do salário mínimo.
Em artigo analítico, informou o Estado: "Vê-se, claramente, que o salário mínimo veio atender às necessidades reais da grande classe industrial do Brasil. Ele reajusta o precário e diminuto poder aquisitivo do trabalhador brasileiro às necessidades de expansão das nossas indústrias, que cada vez mais se desenvolvem.
Resta ver, apenas, o efeito que o salário mínimo terá entre os trabalhadores. A esse respeito será bastante mostrar que mais de 60% da classe operária nacional será beneficiada com o decreto com que o governo comemorou de maneira tão marcante a data trabalhista de 1.º de maio".
Garantia
A Constituição de 1988 define que o mínimo deve atender às necessidades do trabalhador e sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência.
Fonte: Estadão 

Em 1943, Vargas promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho em São Januário

Sábado, 1º de maio de 1943. O público que lotava o estádio do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, não ouviria apenas um discurso do presidente Getúlio Vargas em homenagem ao Dia do Trabalho, seguido de uma partida de futebol. Todos ali testemunhariam o nascimento de um conjunto de leis que atravessaria décadas, regulando as relações de trabalho e norteando a relação entre capital e trabalho no Brasil. 

“O estádio estava lotado. Habitualmente Getúlio Vargas aproveitava o 1º de maio para anunciar alguma medida de proteção ao trabalhador. Houve uma partida de futebol com equipes importantes e depois Vargas falou à Nação. Vasculho minha memória sempre que me perguntam quais os times que jogaram, mas não consigo me lembrar”, diz Arnaldo Süssekind, 85 anos, jurista que participou da comissão que elaborou a CLT - Consolidação das Leis do Trabalho. 

Naquele dia, o presidente da República baixou o decreto Lei nº 5452, que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho. A CLT não só reuniu, sistematicamente, a legislação trabalhista da época como também a alterou em alguns pontos. Isso foi possível porque estava em vigência a Constituição de 1937, que autorizava o Executivo a expedir decretos-leis, enquanto o Congresso Nacional não fosse instalado. A CLT entrou em vigor seis meses depois, em 10 de novembro de 1943. 

Na época com 24 anos, o jovem advogado Arnaldo Süssekind assessorava o então ministro do Trabalho, Marcondes Filho. “Ele me convidou para ser seu assessor, não porque me conhecesse pessoalmente, mas por que eu era o Procurador Regional do Trabalho em São Paulo, sua terra”, recorda-se. 

Logo nos primeiros despachos, Marcondes Filho falou com Süssekind sobre a idéia de fazer uma consolidação das leis do Trabalho e da Previdência Social. O ministro pediu que o assessor fizesse um quadro com as diversas leis existentes no País sobre o assunto. “Peguei duas cartolinas. Tive de colar uma na outra, tantas eram as leis e fiz várias chaves com as leis. O ministro levou o quadro a Getúlio, que o autorizou a formar uma comissão”. 

Ao ser informado de que comporia a comissão, Süssekind levou um susto. “Você trabalha ao meu lado todos os dias. Não acha que tenho o direito de ter uma pessoa na comissão que me diga tudo que se passa ? Que leve a minha palavra?”, perguntou Marcondes Filho. Da comissão fizeram parte ainda Segadas Viana, Oscar Saraiva, Luiz Augusto do Rego Monteiro e Dorval Lacerda, todos já falecidos. A comissão começou a trabalhar no início de fevereiro de 1942. Em novembro, o anteprojeto da CLT foi entregue ao ministro Marcondes Filho, que o levou a Vargas. 

“Em despacho, o presidente elogiou nosso trabalho, determinou a publicação no Diário Oficial e nos designou para examinar as sugestões e redigir o projeto final. Surgiram duas mil sugestões, que foram examinadas uma a uma”, afirma Süssekind, ao acrescentar que aqueles meses o trabalho foi grande. “Nenhum de nós deixou o exercício de seus cargos durante o trabalho da CLT”, brinca. O projeto final foi entregue ao presidente em março de 1943, que o sancionou em 1ºde maio de 1943. Nascia, assim, a CLT. 


Fonte: VGOL



Vasco no Guiness Book

No dia 10/04/10 - 13h18 O Vasco entrou para o Guiness Book (livro dos recordes) no início da tarde deste sábado.
O presidente Roberto Dinamite esteve no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e tatuou a Cruz Templária na panturrilha direita.
Com isso, o tatuador Eric Codo fez o seu 802º desenho e conseguiu superar o americano Hollis Cantrell, detentor da marca.















O Resgate da Cruz Templária.

"A Cruz da nova camisa do Vasco ficou conhecida quando foi adotada pela Ordem dos Cavaleiros Templários. Mais tarde, ela virou símbolo da Ordem de Cristo, instituição que financiou as grandes navegações. Por isso, as caravelas dos exploradores recebiam Cruzes Templárias em suas velas. Caravelas como as que Vasco da Gama usou para chegar às Índias na viagem mais longa da época.

Presente no primeiro escudo do Gigante da Colina, a Cruz Templária andou cedendo espaço nos uniformes do time, mas está sendo resgatada agora na nova camisa 3 do Vasco."

Fonte: http://www.vasconapele.com.br/




Primeiro Clássico da Taça Guanabara - Ano 10

Dodô dá show, marca três gols, e o Vasco humilha o Botafogo no Engenhão



Artilheiro desencanta contra o ex-clube. Cruzmaltinos goleiam o rival por 6 a 0 e assumem a liderança do Grupo B da Taça Guanabara


Na comemoração, mãos para o céu agradecendo o recomeço no futebol. Um artilheiro inspirado, sem pena da ex-torcida. Três gols em 34 minutos. Dodô está de volta. Azar do Botafogo. O artilheiro também participou de outros dois gols do massacre vascaíno por 6 a 0, neste domingo, no Engenhão, pela terceira rodada do Campeonato Carioca. Phillipe Coutinho, duas vezes, e Léo Gago fecharam a vitória. Foi a maior goleada sofrida pelo Alvinegro jogando no seu estádio.

Foi justamente quando atuava pelo Botafogo que Dodô passou pelo maior drama da carreira. Por causa de um complemento alimentar dado pelo clube, o atacante caiu no antidoping. Alegando sua inocência, foi suspenso e ficou um ano e meio sem jogar. A forte chuva que caía no estádio do Engenhão parecia levar os maus fluidos embora. Ele estava com saudade dos gols e não teve receio de comemorá-los, até mesmo na frente da torcida alvinegra. Dodô parece dar sorte no Engenhão: tem oito gols em sete jogos no estádio.

O Botafogo planejava uma grande festa. Antes da partida, a estátua de Garrincha foi inaugura no Engenhão. Em campo, o uruguaio Loco Abreu estreava com a camisa 13. Mas o número não trouxe sorte, assim como a nova camisa, de design diferente, metade cinza e metade preta, lançada de surpresa pelo departamento de marketing e já colocada à venda nas lojas do clube.

Com o resultado, o Vasco assumiu a liderança do Grupo B da Taça Guanabara, com nove pontos. E a torcida passou grande parte do segundo tempo cantando "o campeão voltou". O Time da Colina não vencia as três primeiras partidas no Campeonato Carioca há seis anos. Na edição de 2004, o Vasco passou por Portuguesa, Olaria e Bangu.

O Botafogo está em terceiro lugar, com seis pontos. Pela quarta rodada do Campeonato Carioca, o Alvinegro enfrentará o Tigres, na próxima quarta-feira, às 21h50m, em São Januário. A partida será transmitida pela TV Globo para todo o estado do Rio de Janeiro. Já o Vasco encara o Macaé na quinta-feira, às 19h30m, também em São Januário.

Dodô está de volta!


A partida começou com uma forte chuva castigando o gramado ruim do Engenhão e com a torcida alvinegra pegando no pé do ex-ídolo Dodô. Eram vaias e gritos de "mercenário" e "traidor" todas as vezes que ele tocava na bola. Foi assim quando o atacante acabou desarmado em um lance na intermediária.

Mas o futebol é dinâmico e cheio de reviravoltas. Poucos segundos depois, em uma bobeira na saída do Botafogo, a bola voltou para os pés de Dodô. Ele passou pelo primeiro marcador e soltou a bomba da entrada da área. Chute seco de fora da área, rasteiro, no canto direito do goleiro Jefferson, que nada conseguiu fazer. Um lindo gol logo aos três minutos. O atacante comemorou bastante, levantou as mãos para o céu e beijou a cruz de malta da camisa. Foi o primeiro gol do artilheiro pelo novo time.

O Vasco permanecia melhor. Aos 11 minutos, Carlos Alberto e Fágner fizeram uma jogada ensaiada após cobrança de escanteio, e o lateral cruzou para a área. O zagueiro Titi cabeceou para o gol, e Jefferson fez uma difícil defesa, espalmando a bola para a linha de fundo. Quase saiu o segundo gol. 

A situação alvinegra piorou aos 14 minutos, quando o meia Eduardo entrou duro em Souza em uma dividida no meio-campo. O árbitro Felipe Gomes não pensou muito e puxou o cartão vermelho, expulsando o jogador do Botafogo, que saiu bastante vaiado de campo pelos torcedores. 

Com um jogador a mais em campo, o Vasco dominou o meio. E o Botafogo perdia a cabeça. No tempo técnico, Estevam Soares tentou arrumar novamente o time, mas a bola voltou a rolar e o cenário não mudou. Alessandro e Herrera entraram de forma violenta em Léo Gago e Souza, respectivamente, e receberam cartão amarelo. A torcida do Vasco começou a gritar "timinho" para os alvinegros. 

Aos 29 minutos, o Botafogo finalmente chegou pela primeira vez com perigo. O zagueiro Fernando foi atrapalhado pelo péssimo gramado, e a bola sobrou para Loco Abreu, que fez o passe para Herrera. O argentino chutou no ângulo direito de Fernando Prass, e a bola bateu na rede pelo lado de fora. Grande parte da torcida alvinegra chegou a gritar gol no estádio e só depois percebeu que a bola não havia entrado. 

E aí Dodô foi logo deixando os alvinegros mais desesperados. Carlos Alberto avançou pela direita e cruzou para a área. O zagueiro Antônio Carlos dormiu no lance, e Dodô esticou a perna na altura da segunda trave para desviar e marcar o segundo gol. Ele não teve pena da ex-torcida e foi comemorar em frente aos alvinegros - Carlos Alberto, outro com passagem pelo Botafogo, ainda apareceu para "engraxar" as chuteiras do atacante.


O artilheiro estava inspirado. Dois minutos depois, em um contra-ataque rápido, ele recebeu livre na cara do goleiro Jefferson e deu um toque com tranquilidade por cima do goleiro. Vasco, ou melhor, Dodô, três. Botafogo, zero. E junto com o gol vieram os gritos de "olé" da torcida cruzmaltina e de "burro" para Estevam Soares dos alvinegros.


Aos 37 minutos, Carlos Alberto soltou uma bomba da intermediária. A bola subiu muito e não levou perigo para o goleiro Jefferson. Mas no lance o meia sentiu uma lesão muscular e precisou ser substituído por Magno. Enquanto isso, na arquibancada inferior, torcedores do Botafogo brigavam entre si.

Aos 46 minutos, o Botafogo teve uma chance de diminuir. Herrera deu passe para Alessandro, que entrou na área e tocou por cima do goleiro Fernando Prass. A bola foi para fora. E o primeiro tempo terminava com Dodô recebendo cartão amarelo, o seu terceiro no campeonato. Terá de cumprir suspensão automática contra o Macaé. Alguns jogadores alvinegros foram reclamar com o árbitro Felipe Gomes, e o técnico Estevam Soares escutou um sonoro grito de "burro".

Vira três, fecha seis: goleada vascaína

O Botafogo voltou para o segundo tempo sem o atacante Loco Abreu, que deu lugar ao estreante Somália. E a torcida alvinegra, novamente, gritou "burro" para Estevam Soares. O uruguaio teve uma estreia bem discreta, com poucos toques na bola e sem conclusão a gol.

Aos três minutos, o lateral vascaíno Fágner também sentiu um problema muscular e foi substituído pelo zagueiro Thiago Martinelli, que jogou improvisado pelo setor. O Vasco continuou melhor. Magno recebeu na área e chutou forte, para defesa com os pés de Jefferson. Pouco depois, Dodô quase deixou Souza na cara do gol. Antônio Carlos fez o corte no último instante.

O quarto gol teve a participação indireta de Dodô, que sofreu falta na intermediária. Enquanto o goleiro Jefferson esperava a bomba de Nilton, Léo Gago apareceu de surpresa e chutou forte para o gol. A bola foi em cima do camisa 1, que não conseguiu fazer a defesa. Falha de Jefferson, Vasco 4 a 0. Após o gol, a torcida alvinegra começou a deixar o Engenhão, aos 12 minutos do segundo tempo. E os vascaínos provocavam com o grito "adeus, Fogo".

Aos 14 minutos, Dodô arrancou e deu passe para Phillipe Coutinho, que teve calma e tocou rasteiro na saída do goleiro Jefferson. Foi o primeiro gol de Phillipe Coutinho no time profissional: Vasco 5 a 0.

O clima ficou ruim na torcida do Botafogo. Uma bomba de fabricação caseira estourou no meio da arquibancada, assustando muitas pessoas que estavam próximas. Um outro torcedor tentou invadir o gramado, mas foi preso pela polícia. E um grupo de torcedores também tentou invadir o vestiário do Botafogo durante a partida. 

O Vasco diminuiu o ritmo e perdeu algumas chances, ao tentar enfeitar muito as jogadas. Mesmo assim, chegou ao sexto gol. Rafael Coelho deu bom passe na área para Phillipe Coutinho, que tocou com categoria na saída de Jefferson: 6 a 0, aos 34 minutos.

Por pouco, o Vasco não igualou a maior goleada do confronto, os 7 a 0 de 2001, com gols de Juninho Paulista (três), Romário (dois), Pedrinho e Euller no Maracanã. A torcida lembrou a histórica vitória no segundo tempo, pedindo "sete de novo". O sétimo gol não veio, mas nada que frustrasse os vascaínos no Engenhão.

Jornalista: Thiago Lavinas